Quando eu penso em desenvolvimento penso no meu e no da Alice. Não penso só no dela não e explico por que. Quem acompanha minha trama desde o blog anterior( http://casandroni.blogspot.com/) sabe bem que minha gravidez, embora fosse sonho de vida, veio num momento nada planejado e de alguém que eu mal conhecia... Isso tudo deixa a vida uma bela de uma bagunça; faz a gente (eu, no caso) se arrepender de ter ou não tomado certas decisões e os sentimentos se mesclam o tempo todo em “que merda foi que eu fiz” X “sou feliz, vai dar pra levar”.
Quando eu sinto que a vida está uma bagunça, se estou com o espírito bom pra olhar pra ela com otimismo, gosto de visualizá-la como uma grande e maquiavelicamente planejada montanha RUSSA, que nos proporciona momentos de medo, angustia, tensão, desespero, arrependimento, excitação, euforia, alívio e um pouco de prazer, por que se Deus existe mesmo, aqui estou eu pra usufruir minimamente deste benefício concedido por ele aos pecadores (quando ele perdoa, claro).
Pensando na minha montanha Russa, consigo agora dar uma visualizada no trajeto que estou completando...
Retrospectivamente, penso o ano de 2007 como aquela subida demoraaaaaaaaaaaaaaaaaaada que o trenzinho da montanha vai até meio devagar. Chega a dar a impressão na gente que o motor vai ceder, tudo vai parar e o carrinho vai escorregar pra trás.
2008 foi a hora que chega lá em cima, um pouquinho antes da decida, quando dá aquele friozinho na barriga gostoso acompanhado de um pouquinho de dúvida, daquela respirada e de muito prazer.
O final de 2008 pra mim é exatamente a hora que o trenzinho pegou velocidade na decida e que você pensa: caguei, fiz merda, por que foi mesmo que eu vim aqui? E aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... medo, medo, medo. E o trem vai descendo e você bate o cotovelo enquanto se segura e isso dói, você pensa que hoje, justo hoje, esse brinquedo fantástico e controlado intensamente por uma equipe de engenheiros responsáveis por brinquedos seguros (eu sei que isso não existe... mas a gente reza pra que exista) vai quebrar, vai acontecer um desastre e vão noticiar que o que nunca acontece aconteceu...Que horror.
Aí acaba a descida temerosa, momento no qual penso me encontrar agora. Meu cotovelo ainda dói da batida, os braços estão tensos de tanto segurar forte, os pés com uma mistura de suor e tensão... Mas...Como eu disse antes, essa montanha RUSSA foi maquiavelicamente arquitetada e ainda trará loopings, outras descidas íngremes e há de trazer também outros momentos de alívio e prazer, com um acréscimo: agora tem uma passageira ao lado com a qual devo me preocupar... Meu cotovelo pode se salvar mas de nada vai adiantar se o dela estiver doendo, meu medo que o grave acidente aconteça triplica a cada constatação dos perigos da montanha. Torço por mim e torço por ela.
Em que parte estamos agora? Subiiiiindo de novo. A subida é longa, o que denuncia uma descida mais ”emocionante” para um futuro nem tão breve nem tão distante.
Que momento da minha vida é esse? Meu retorno ao mercado de trabalho. Não apenas ao mercado de trabalho mas ao emprego que eu amo, com pessoas que eu amo e com condições de me replanejar pra assumir as rédeas da minha vida e da vida da Alice. É claro que isso demandará tempo, bons comprimidos de felicidade (daqueles legais que vendem em farmácias sacanas) e alguns pra controlar minha maior inimiga: a ansiedade. O que eu tenho que fazer agora é manter a tensão, a fé, me segurar, verificar se o cinto de segurança da Alice está ok e esperar pela próxima descida, ou melhor ainda; tentar aproveitar o friozinho na barriga que dá antes dela.
Pra terminar esse papo besta, uma música que não é bem do tipo que eu ouço todo santo dia mas que explica bem o que eu acho da vida.
Quando eu sinto que a vida está uma bagunça, se estou com o espírito bom pra olhar pra ela com otimismo, gosto de visualizá-la como uma grande e maquiavelicamente planejada montanha RUSSA, que nos proporciona momentos de medo, angustia, tensão, desespero, arrependimento, excitação, euforia, alívio e um pouco de prazer, por que se Deus existe mesmo, aqui estou eu pra usufruir minimamente deste benefício concedido por ele aos pecadores (quando ele perdoa, claro).
Pensando na minha montanha Russa, consigo agora dar uma visualizada no trajeto que estou completando...
Retrospectivamente, penso o ano de 2007 como aquela subida demoraaaaaaaaaaaaaaaaaaada que o trenzinho da montanha vai até meio devagar. Chega a dar a impressão na gente que o motor vai ceder, tudo vai parar e o carrinho vai escorregar pra trás.
2008 foi a hora que chega lá em cima, um pouquinho antes da decida, quando dá aquele friozinho na barriga gostoso acompanhado de um pouquinho de dúvida, daquela respirada e de muito prazer.
O final de 2008 pra mim é exatamente a hora que o trenzinho pegou velocidade na decida e que você pensa: caguei, fiz merda, por que foi mesmo que eu vim aqui? E aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... medo, medo, medo. E o trem vai descendo e você bate o cotovelo enquanto se segura e isso dói, você pensa que hoje, justo hoje, esse brinquedo fantástico e controlado intensamente por uma equipe de engenheiros responsáveis por brinquedos seguros (eu sei que isso não existe... mas a gente reza pra que exista) vai quebrar, vai acontecer um desastre e vão noticiar que o que nunca acontece aconteceu...Que horror.
Aí acaba a descida temerosa, momento no qual penso me encontrar agora. Meu cotovelo ainda dói da batida, os braços estão tensos de tanto segurar forte, os pés com uma mistura de suor e tensão... Mas...Como eu disse antes, essa montanha RUSSA foi maquiavelicamente arquitetada e ainda trará loopings, outras descidas íngremes e há de trazer também outros momentos de alívio e prazer, com um acréscimo: agora tem uma passageira ao lado com a qual devo me preocupar... Meu cotovelo pode se salvar mas de nada vai adiantar se o dela estiver doendo, meu medo que o grave acidente aconteça triplica a cada constatação dos perigos da montanha. Torço por mim e torço por ela.
Em que parte estamos agora? Subiiiiindo de novo. A subida é longa, o que denuncia uma descida mais ”emocionante” para um futuro nem tão breve nem tão distante.
Que momento da minha vida é esse? Meu retorno ao mercado de trabalho. Não apenas ao mercado de trabalho mas ao emprego que eu amo, com pessoas que eu amo e com condições de me replanejar pra assumir as rédeas da minha vida e da vida da Alice. É claro que isso demandará tempo, bons comprimidos de felicidade (daqueles legais que vendem em farmácias sacanas) e alguns pra controlar minha maior inimiga: a ansiedade. O que eu tenho que fazer agora é manter a tensão, a fé, me segurar, verificar se o cinto de segurança da Alice está ok e esperar pela próxima descida, ou melhor ainda; tentar aproveitar o friozinho na barriga que dá antes dela.
Pra terminar esse papo besta, uma música que não é bem do tipo que eu ouço todo santo dia mas que explica bem o que eu acho da vida.
"Conserve seu medo
Mantenha ele aceso
Se você não teme
Se você não ama
Vai acabar cedo
Esteja atento
Ao rumo da História
Mantenha em segredo
Mas mantenha viva
Sua paranóia...." (Raul)