sexta-feira, 23 de abril de 2010

Montanha Russa


Quando eu penso em desenvolvimento penso no meu e no da Alice. Não penso só no dela não e explico por que. Quem acompanha minha trama desde o blog anterior( http://casandroni.blogspot.com/) sabe bem que minha gravidez, embora fosse sonho de vida, veio num momento nada planejado e de alguém que eu mal conhecia... Isso tudo deixa a vida uma bela de uma bagunça; faz a gente (eu, no caso) se arrepender de ter ou não tomado certas decisões e os sentimentos se mesclam o tempo todo em “que merda foi que eu fiz” X “sou feliz, vai dar pra levar”.
Quando eu sinto que a vida está uma bagunça, se estou com o espírito bom pra olhar pra ela com otimismo, gosto de visualizá-la como uma grande e maquiavelicamente planejada montanha RUSSA, que nos proporciona momentos de medo, angustia, tensão, desespero, arrependimento, excitação, euforia, alívio e um pouco de prazer, por que se Deus existe mesmo, aqui estou eu pra usufruir minimamente deste benefício concedido por ele aos pecadores (quando ele perdoa, claro).
Pensando na minha montanha Russa, consigo agora dar uma visualizada no trajeto que estou completando...
Retrospectivamente, penso o ano de 2007 como aquela subida demoraaaaaaaaaaaaaaaaaaada que o trenzinho da montanha vai até meio devagar. Chega a dar a impressão na gente que o motor vai ceder, tudo vai parar e o carrinho vai escorregar pra trás.
2008 foi a hora que chega lá em cima, um pouquinho antes da decida, quando dá aquele friozinho na barriga gostoso acompanhado de um pouquinho de dúvida, daquela respirada e de muito prazer.
O final de 2008 pra mim é exatamente a hora que o trenzinho pegou velocidade na decida e que você pensa: caguei, fiz merda, por que foi mesmo que eu vim aqui? E aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii... medo, medo, medo. E o trem vai descendo e você bate o cotovelo enquanto se segura e isso dói, você pensa que hoje, justo hoje, esse brinquedo fantástico e controlado intensamente por uma equipe de engenheiros responsáveis por brinquedos seguros (eu sei que isso não existe... mas a gente reza pra que exista) vai quebrar, vai acontecer um desastre e vão noticiar que o que nunca acontece aconteceu...Que horror.
Aí acaba a descida temerosa, momento no qual penso me encontrar agora. Meu cotovelo ainda dói da batida, os braços estão tensos de tanto segurar forte, os pés com uma mistura de suor e tensão... Mas...Como eu disse antes, essa montanha RUSSA foi maquiavelicamente arquitetada e ainda trará loopings, outras descidas íngremes e há de trazer também outros momentos de alívio e prazer, com um acréscimo: agora tem uma passageira ao lado com a qual devo me preocupar... Meu cotovelo pode se salvar mas de nada vai adiantar se o dela estiver doendo, meu medo que o grave acidente aconteça triplica a cada constatação dos perigos da montanha. Torço por mim e torço por ela.
Em que parte estamos agora? Subiiiiindo de novo. A subida é longa, o que denuncia uma descida mais ”emocionante” para um futuro nem tão breve nem tão distante.
Que momento da minha vida é esse? Meu retorno ao mercado de trabalho. Não apenas ao mercado de trabalho mas ao emprego que eu amo, com pessoas que eu amo e com condições de me replanejar pra assumir as rédeas da minha vida e da vida da Alice. É claro que isso demandará tempo, bons comprimidos de felicidade (daqueles legais que vendem em farmácias sacanas) e alguns pra controlar minha maior inimiga: a ansiedade. O que eu tenho que fazer agora é manter a tensão, a fé, me segurar, verificar se o cinto de segurança da Alice está ok e esperar pela próxima descida, ou melhor ainda; tentar aproveitar o friozinho na barriga que dá antes dela.
Pra terminar esse papo besta, uma música que não é bem do tipo que eu ouço todo santo dia mas que explica bem o que eu acho da vida.


"Conserve seu medo

Mantenha ele aceso

Se você não teme

Se você não ama

Vai acabar cedo

Esteja atento

Ao rumo da História

Mantenha em segredo

Mas mantenha viva

Sua paranóia...." (Raul)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Selinho


Olha só que coisa mais bacana e gentil do mundo. Recebi hoje da Camila, através do Blog dela, que é o máximo, esse selinho tão carinhoso. O combinado é que quem é mencionado no selinho, tem que indicar 10 blogs que acompanha, mandando o selinho também...
Pra alegria ou decepção das pessoas, eu acompanho blogs variados e nem todos são tão sobre maternidade, criança, essas coisas... Mas lá vai... Vamos assumir a subversividade.... Ah! E aproveito pra dizer duas coisas: uma é que não é demagogia ter incluído o blog da Camila, que conheci hoje, só por que ela me mandou o selinho. Não é mesmo. O blog dela é bem bacana, começando pelo nome que é "Mamãe tá ocupada!" passando pelo fato de que ela é mãe de uma criança pequena e de gêmeos minúsculos...Então imagina a variedade de coisas que essa moça passa...Deus do céu... O bom é que o blog dela é bem informativo além de conter reflexões, aprendizagens e coisas da vida... Bom... Mas vamos à minha lista preferida de blogs! Vou colocar aleatoriamente:

vida e família da amiga:
http://lelaleloca.blogspot.com/

super mãe e amiga que ama bolos mesmo:
http://paixaoporbolos.blogspot.com/

amigo que cresceu e virou sério e motivo de orgulho:
http://blogdoprofessoralexandre.blogspot.com/

super mãe, blog muito util:
http://meuprojetinhodevida.blogspot.com/
professoras de arte e educação infantil:
http://aprendendoeconstruindo.blogspot.com/


bom...são esses, basicamente.... Pensei em preencher esse espaço com coisas que eu também gosto, tipo tatuagem, skate, punk rock, chocolates, prozac.... mas não teria oportunidade de ser justa... Pensando em blogs...Tá aqui.

sábado, 17 de abril de 2010

Petiscos que ajudam na hora de comer
















Todo mundo que está por perto sabe do suplício que tem sido pra Alice comer as papinhas. Antes era difícil que ela comesse as que eu preparava mas amava as da Nestlé. Depois passou a rejeitar as da Nestlé também. De vez em quando comia uma ou outra. Notei que o problema era com tudo que fosse congelado. Depois deixei ficar faminta e de vez em quando dava certo. Ela comia com gosto, mas às vezes, optava por fazer o jejum mesmo, então eu acabava cedendo e dava a mamadeira. Todas essas variações de fase passaram poraltos e baixos, até que eu descobri umacoisa que ajudou, e bastante, nessa empreitada de fazer a Alice ser nutrida (e olha que eu nem to dizendo comer com gosto... to dizendo"deixar a colherada entrar boca adentro"; só isso).







Primeiro que eu tinha percebido que com autonomia, isso é, quando ela mesma pode pegar com a mão o que quer que seja, elacomecom mais vontade ou menos resistência. Bom. Bom não, ótimo. Sendo assim, passei a fazer uma série de comidinhas pra acompanhar as papinhas... Com uns pedacinhos de milho (que a Alice ama) ou cenoura, ela passou a comer melhor.Se distraía, relaxa e ia aceitando as colheradas de papa. Até que a paixão pelos petiscos (os "finger food", tipo a cenoura, o milho, brócolis... no caso dos bebês) tornou-se maior, muito maior e ela passou a aceitar apenas comer com autonomia e teve então o seu primeiro pratinho de comidinhas pra comer sozinha.

Não se iludam. Isso funciona, não dáchoradeira mas também dá o maior trabalhão. A criança não está apenas comendo comida, estáconhecendo o mundo. É bem naturalque queiram passar uma meia horinha olhando para cada coisa independente do fato de "se vão comer ou não"... Paciência... Tenho percebido que tudo isso é uma questão de contrução e graças a Deus tenho percebido também o quanto ewssa fase passa rápido. Em breve não serei mais uma mamãe cozinheira de papinhas, que diga-se de passagem, apesar dos breves momentos de sucesso foram, no geral, um belo de um fracasso...




A palavra dessa postagem e de quando toco nesse assunto é sempre a mesma: Paciência (e fé, vai...por que sem fé...ai ai ai)